Bolsa cai 0,46% e fecha a semana negativa em 0,71%. Esta semana vem carregada de indicadores e balanços
MERCADO
Bolsa
O Ibovespa fechou a sexta-feira com queda de 0,46% a 127.600 pontos e giro financeiro de R$ 23,3 bilhões (R$ 20,3 bilhões à vista), encerrando a semana com desvalorização de 0,71%, após duas semanas de alta. Desta vez o motivo da cautela dos investidores foi a decisão na reunião do Copom na quarta-feira sinalizando dúvidas à frente e também a avaliação do mercado aos resultados divulgados do 1T24. Hoje sai a ata do Copom que pode dar alguma direção sobre a visão dos dirigentes do BC e nos EUA sai a taxa de inflação de abril. Por outro lado, as bolsas de NY fecharam com o Dow Jones e S&P500 positivos e o Nasdaq com baixa de 0,03%, mas também sem uma referência positiva e com o Federal Reserve empurrando a decisão de juros para frente mais uma vez. Diante das expectativas de indicadores lá fora, as bolsas da Europa começaram a semana com viés de baixa.
Câmbio
Com incertezas no cenário econômico (juros) e na política, o dólar fechou o dia com alta de 0,31% a R$ 5,1571 e ganho de 1,67% na semana. Praticamente encerrada a temporada de balanços do 1T24 os investidores deverão dar ainda mais peso para as incertezas de curto prazo e olhando o segundo semestre, com a campanha para prefeituras já movimentando o governo.
Juros
Na mesma trajetória do dólar, os contratos de DI para os juros futuros fecharam o dia em alta. Para jan/25 a taxa do DI passou de 10,267% para 10,305% e para jan/30 o avanço foi de 11,584% para 11,665%.
Petróleo
Os contratos de petróleo tiveram dia de queda mais forte com o WTI (Nymex) para junho recuando 1,26% para US$ 78,26 o barril e para julho o Brent (ICE) fechou em US$ 82,79 o barril (-1,30%).
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Cemig (CMIG4)
A Cemig reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no 1T24, queda de 9% em base anual, com EBITDA recorrente de R$ 2,0 bilhões (queda de 4% em 12 meses). Sua alavancagem financeira permaneceu baixa, sendo de 0,8x ao final de mar/24. Destaque para otimização da carteira de investimentos e disciplina na alocação de capital com a alienação da participação na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões, cujo efeito no resultado acontecerá após a conclusão da transação.
M Dias Branco (MDIA3)
Bom crescimento de resultado no 1T24
A M Dias registrou lucro líquido de R$ 155 milhões no 1T24 (+122% em 12 meses), um expressivo resultado trimestral, mesmo com queda de volumes (-1,4%) e principalmente de preços (-12,7%), impactando a Receita Líquida que caiu 13,9%. O EBITDA somou R$ 277 milhões (+60% em base anual) com margem de 13,0% (+6pp). Destaque para a geração operacional de caixa de R$ 138 milhões no trimestre (2,4x maior que no 1T23). Com a melhora do resultado financeiro e redução do endividamento, a companhia terminou o 1T24 aplicadora líquida de caixa de 149 milhões (-0,1x o EBITDA).
Energisa (ENGI11)
Aquisição de 100% das ações da Infra Gás e Energia
A Energisa através de sua controlada Energisa Distribuição de Gás (EDG) firmou acordo para a aquisição de 100% das ações da Infra Gás e Energia por R$ 890 milhões. Uma vez que a Infra Gás e Energia detém 51% da Norgás, que tem participações societárias em outras distribuidoras, a EDG adquiriu 29,44% na Gás de Alagoas, 29,44% na Companhia de Gás do Ceará, 41,50% na Companhia Pernambucana de Gás, 83% na Companhia Potiguar de Gás e 41,50% na Sergipe Gás. A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade.
BTG Pactual (BPAC11)
Bom resultado no 1T24
O BTG registrou no 1T24 mais um resultado consistente, um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões (+28% ante 1T23). As receitas totais alcançam R$ 5,9 bilhões (+23% em 12 meses). O ROAE foi de 22,8% no 1T24 acima de 20,9% do 1T23. Ao final de mar/24 a Basileia do banco era de 16,4% com Ativos Totais de R$ 567,7 bilhões (+21% em 12 meses e +15% em base trimestral).
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