Bolsa começa junho com queda de 0,05% ainda sem uma referência para buscar recuperação
MERCADO
Bolsa
Após três meses de baixa, o Ibovespa começou junho com os mesmos problemas e riscos que marcaram os períodos anteriores. O primeiro pregão de junho foi uma queda de 0,05% no Ibovespa acumulando baixa de 9,06% no ano. A semana tem agenda carregada e os temas giram em torno da inflação e juros em grandes economias. Os dados divulgados ontem nos EUA já não agradaram os mercados e as bolsas de NY fecharam mistas, aguardando para hoje dados do mercado de trabalho e do nosso lado saem, em destaque, o PIB do 1T24 e dados do setor automotivo em maio. A liquidez na B3 segue baixa, mostrando cautela de investidores em meio à escassez de notícias positivas para setores e empresas lembrando que junho será mais um mês concentrado em agendas econômicas, mas também com uma pauta política com temas importantes para decisão em Brasília. Hoje, as bolsas da Europa operam em baixa, aguardando decisão sobre juros no Reino Unido. Na Ásia o fechamento foi misto.
Câmbio
A moeda americana encerrou o dia praticamente estável. Cotada a R$ 5,2444 no mercado spot (-0,01%) acumulando valorização de 7,98% no ano e assumindo uma nova faixa de preços, bem acima às expectativas de parte do mercado no começo deste ano.
Juros
Sem a influência de fatores externos e do mercado doméstico, os juros permaneceram em faixa estreita nos contratos mais curtos e na ponta longa. Para jan/25 a taxa do DI foi de 10,392% para 10,394% e a taxa par jan/30 foi de 11,760% para 11,765%.
Petróleo
Os contratos de petróleo começaram a terça-feira em queda após decisão da Opep+ de manter a política de redução da produção até setembro.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Sabesp (SBSP3)
Cláusulas para privatização da empresa
Na reunião realizada ontem (03/06) entre o governador Tarcísio de Freitas e a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, foram anunciadas novas condições no âmbito da privatização da Sabesp. Dente os principais aspectos destacam-se: (i) a assinatura de acordo de “não concorrência” entre as empresas participantes; (ii) dentro do Estado de SP a Sabesp terá o direito exclusivo de disputar concessões; (iii) Fora do estado, o acionista de referência, que terá 15% das ações da Sabesp, precisará de autorização do Conselho de Administração, caso queira investir em saneamento, para evitar concorrência desleal e conflito de interesses; (iv) o acionista de referência não poderá vender ações até 31 de dezembro de 2029; (v) os critérios para a definição do vencedor do leilão serão maior volume de transação e maior preço ponderado, já que o objetivo do governo é maximizar o retorno financeiro ao Estado; dentre outros aspectos.
Embraer (EMBR3)
Encomenda de 20 jatos E2 pela Mexican de Aviacion
A Mexicana de Aviación, companhia aérea estatal do México, fez um pedido de 20 jatos E2 da Embraer. O acordo inclui 10 jatos E190-E2 assim como 10 jatos E195-E2 com entregas previstas para o 2T25. As aeronaves E190-E2 serão configuradas com 108 assentos e o E195-E2 com 132 – ambos em classe única. A companhia mexicana faz parte da Olmeca-Maya-Mexica S.A. de C.V. Grupo Aeroportuário, Ferroviário, Serviços Auxiliares e Afins, e reiniciou as operações em 26 de dezembro de 2023.
Minério de ferro
Queda dos preços da commodity na China pressiona ações da Vale
Os contratos futuros de minério de ferro seguem em queda na China, chegando a US$ 115,11 a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian, (-2,11%). O fraco desempenho da commodity segue pressionando as ações da Vale, que tem maior peso na formação do Ibovespa. A companhia registrou resultados mais fracos no 1T24 por conta a demanda e de preços mais baixos neste ano. As perspectivas de curto prazo são de um mercado ainda fraco, visto que os dados mais recentes divulgados para a economia chinesa não são otimistas.
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