Ibovespa oscila no dia, mas fecha com ganho de 0,32% a 127,6 mil pontos
MERCADO
Bolsa
A semana abriu com a bolsa oscilando para os dois lados, mas com recuperação no final do dia (+0,32%) a 127.593 pontos e giro financeiro de R$ 19,6 bilhões (R$ 16,5 bilhões à vista). Sem indicadores importantes, fica a expectativa de agora em diante sobre os resultados corporativos de 2023, com Itaú Unibanco, BB Seguridade e Cielo, no dia. Em NY e na Europa, os índices fecharam em queda, repercutindo o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell sobre o futuro dos juros, mas hoje as bolsas da zona do euro mostram recuperação com o anúncio de recompra de ações da BP Plc e recuperação dos resultados do UBS Group. Os índices futuros dos EUA operavam em alta mais cedo. No mercado de commodities, o petróleo iniciou com pequeno recuo. Do nosso lado, atenção para o Relatório Focus e ata do Copom, embora sem a expectativa de surpresas.
Câmbio
A moeda americana voltou a testar a faixa de R$ 5, mas acabou o dia em R$ 4,9822 (+0,26%) ainda numa faixa estreita e refletindo os fatos de curto prazo. Após a queda do ano passado, o dólar acumulou alta de 2,58% até ontem.
Juros
Os contratos de DI permanecem sem chamar atenção. O contrato para jan/35 fechou em 9,970% e para jan/30 em 10,460% praticamente inalterados, nas últimas sessões, reflexo de indicadores econômicos bem controlados.
Petróleo
O petróleo fechou o dia com o contrato do WTI (Nymex) para março a US$ 72,78 o barril (+0,69%) e o Brent (ICE) a US$ 77,93 o barril (+0,78%) para abril/24.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Itaú Unibanco (ITUB4)
Resultado consistente no 4T23
No 4T23 o lucro líquido recorrente alcançou R$ 9,4 bilhões (ROAE de 21,2%) com incremento de 4% em base trimestral, explicado pelo crescimento de 3% da Margem Financeira para R$ 27,1 bilhões e redução de 1% no Custo do Crédito para R$ 9,2 bilhões. Do lado positivo ainda, o aumento de 5% nas Receitas de Serviços e alta de 3% nas Receitas de Seguros. Nesta base de comparação as Despesas Não Decorrentes de Juros cresceram 4% e a inadimplência caiu 0,2pp para 2,8%. Em 2023 o lucro cresceu 16% alcançando R$ 35,6 bilhões (ROAE de 21,0%). Com base nos resultados o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 11,0 bilhões (R$ 1,125125/ação) na forma de dividendos, tendo como base a data de 21.02.2024, com retorno estimado de 3,4%. O banco divulgou seu guidance para 2024 e renovou seu Programa de Recompra de Ações. Cotada a R$ 33,36 a ação ITUB4 registra queda de 1,7% este ano.
Cielo (CIEL3)
Resultado do 4T23 e ex JCP de R$ 0,1520/ação em 18/3
A Cielo reportou lucro recorrente de R$ 481 milhões no 4T23, com queda de 2% em 12 meses, acumulando R$ 1,9 bilhão em 2023 (+26% s/2022) –com destaque para o resultado da Cateno, das receitas de aquisição de recebíveis (ARV), do EBITDA consolidado e incremento de margem operacional. Com base no resultado a empresa distribuirá R$ 410 milhões em JCP, sendo R$ 0,1520 brutos por ação. Ações ex juros em 18/3 com retorno líquido estimado de 2,6%.
Banco do Brasil (BBAS3)
OPA para fechamento de capital da Cielo
O Conselho de Administração do BB autorizou a aquisição de até a totalidade das ações em circulação da Cielo (CIEL3) através de Oferta Pública de Aquisição de Ações (“OPA”) com aumento de sua participação na Cielo, para até 49,99% e o restante, ficará com o Bradesco (BBDC4). O preço ofertado será de R$ 5,35 por ação, com ágio de 6,4% frente a cotação de R$ 5,03 ontem (05/2). A operação depende de uma série de aprovações. As ações CIEL3 devem buscar o patamar de preço ofertado no pregão de hoje.
Natura&Co (NTCO3)
Preparação de estudo para abertura de capital da Natura &Co Latam e Avon
A Natura &Co anunciou que irá avaliar uma possível separação de Natura &Co Latam e Avon em duas companhias de beleza independentes e de capital aberto, cujo objetivo é gerar ainda mais valor para os acionistas. No fato relevante, a empresa cita que separação tem como objetivo promover o potencial de ambas as empresas, nos seus segmentos.
Além de alguns pontos positivos destacados no fato relevante, a empresa acrescenta que a potencial separação também proporcionaria aos acionistas uma maior visibilidade sobre desempenho financeiro, estrutura, perspectivas de crescimento e teses de investimento das respectivas companhias.
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